Hoje eu quero falar do detetive mais famoso da história:
Sherlock Holmes. Trata-se um personagem fictício, cujo sucesso incontestável é
aclamado até hoje. Criado por Sir Arthur Conan Doyle no final do século XIX, praticamente
recriando o gênero de romances policiais e trazendo inspiração para quase tudo
que veio depois a esse respeito.
Seus livros são escritos em primeira pessoa, narrados por
seu melhor amigo e comparsa, o Dr. John Watson, e a história começa quando eles
se conhecem ao se tornarem colegas de apartamento dividindo o famoso endereço 221B da
rua Baker. Desde o princípio Watson fica encantado com sua genialidade e
capacidade de dedução e espantado com sua esquisitice, e passa a fazer parte de
suas aventuras detetivescas e a documentá-las em livros, nos quais acontecem
algumas auto-referencias divertidas ao longo da história. Sendo em contos mais
rápidos ou em romances propriamente ditos, os mistérios aparentemente insolúveis
são no mínimo intrigantes e, até Sherlock esclarecer tudo com sua impecável
(apesar de às vezes improvável) linha de raciocínio, é um grande desafio para o
cérebro de qualquer leitor tentar decifrá-los. E você aprende um bocado sobre
tudo enquanto lê.
Há também vilões notáveis, como o igualmente genial
professor Moritarty e a inesquecível Irene Adler, tramas complicadas e
surpreendentes, uma boa dose de romance com o amor entre Watson e Mary, e um
leque de bons personagens como os limitados detetives Gregson e Lestrade da Scotland
Yard, o bem relacionado Mycroft Holmes com sua memória quase infinita, a fiel
Sra. Hudson, entre tantos outros.
Devido ao estrondoso sucesso de Sherlock, Sir Arthur
era atormentado pelos fãs, que além de acharem que o personagem era real ou que
ele mesmo possuía suas incríveis habilidades detetivescas, lhe enviavam seus
próprios enigmas para que ele solucionasse. E há quem diga que o autor
verdadeiramente chegou a prestar consultoria em alguns casos, até mesmo junto à
Scotland Yard. Além disso, os leitores não o deixavam abandonar a escrita,
chegando a obrigá-lo a trazer o detetive de volta a vida depois de já ter lhe
escrito uma morte épica.
Por ser um personagem tão maravilhoso e de domínio público,
as histórias de Sherlock Holmes ganharam incontáveis novas versões publicadas
por outros autores ou representadas de outras formas, parodiadas, adaptadas o
teatro, filmes e até mesmo animações. Dentre elas, Holmes foi mais recentemente
abordado no cinema com os blockbusters estrelados pelo carismático Robert Downey Jr., dando um enfoque a mais para a ação e
humor e conquistando a atenção do público acostumado a explosões e perseguições
hollywoodianas, e outra versão menos famosa focada em no final de sua vida, dessa vez um idoso encarnado por Ian McKellen. Além disso, o universo do detetive também foi transportado para a
atualidade em dois seriados paralelos: o britânico “Sherlock” brilhantemente
interpretado por Benedict Cumberbatch e com Martin Freeman no papel de Watson,
acertando em cheio ao atualizar os mistérios dos livros para a modernidade
pulsante da nossa época; e o americano e mais humano “Elementary”, estrelado
por Jonny Lee Miller, que traz outros temas interessantes da sua mitologia como
seu o vício em drogas e seu hobby de apicultor, e usa (e abusa) de licença poética para mexer bastante nas
personalidades e características dos personagens afim de explorar melhor o
relacionamento entre eles. Acredite ou não, há até mesmo uma história em
quadrinhos onde Sherlock e Watson lutam contra zumbis e um desenho animado
ultra futurístico em que o Sherlock é um clone e o Watson é um ciborgue. Haja
criatividade!![]() |
De qualquer forma, Sherlock Holmes é um clássico e está tão entranhado na cultura pop que serviu de inspiração para muitos outros personagens, como o famoso e cheio de referências Dr. House, e o também detetive Monk, brilhante em suas deduções, mas com um caso bem nítido de transtorno obsessivo-compulsivo. E se formos falar de citações, se você nunca ouviu na sua vida ao menos um “Elementar, meu caro Watson”, você não deve estar prestando atenção direito. Por falar nisso, curiosamente essa célebre frase nunca foi dita nos livros, mas criada para encenações teatrais e acabou pegando. Assim como também nunca houve nada entre Sherlock e Irene Adler por escrito, aliás nunca houve nada entre ele e ninguém oficialmente porque o sujeito só pensa em trabalho e despreza qualquer tipo de envolvimento amoroso com quem quer que seja. Mesmo como ele conseguiu se apegar à amizade com Watson é um mistério à parte, porque o cara é um bocado esquisito e anti-social. Mas isso faz parte do seu charme.
Outro fato interessante é que o endereço do personagem ficou
tão famoso que foi transformado num museu dedicado exclusivamente ao detetive e
se tornou uma atração turística em Londres. Ainda passo por lá qualquer dia desse, viu?
Então se você curte ler um bom romance policial, essa dica
de leitura vale ouro. Se prefere um filminho ou seriado também. Basta ficar de
olho nas pistas e se preparar pra ser “sherlocado”.
N/a: Aproveito pra mandar um beijo pra leitora Maria Orch, que curte o blog! Valeu, guria, continue por aqui :D



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