segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Leitura Obrigatória: Sherlock Holmes

 

Elementar, meus caros leitores!
Hoje eu quero falar do detetive mais famoso da história: Sherlock Holmes. Trata-se um personagem fictício, cujo sucesso incontestável é aclamado até hoje. Criado por Sir Arthur Conan Doyle no final do século XIX, praticamente recriando o gênero de romances policiais e trazendo inspiração para quase tudo que veio depois a esse respeito.

Seus livros são escritos em primeira pessoa, narrados por seu melhor amigo e comparsa, o Dr. John Watson, e a história começa quando eles se conhecem ao se tornarem colegas de apartamento dividindo o famoso endereço 221B da rua Baker. Desde o princípio Watson fica encantado com sua genialidade e capacidade de dedução e espantado com sua esquisitice, e passa a fazer parte de suas aventuras detetivescas e a documentá-las em livros, nos quais acontecem algumas auto-referencias divertidas ao longo da história. Sendo em contos mais rápidos ou em romances propriamente ditos, os mistérios aparentemente insolúveis são no mínimo intrigantes e, até Sherlock esclarecer tudo com sua impecável (apesar de às vezes improvável) linha de raciocínio, é um grande desafio para o cérebro de qualquer leitor tentar decifrá-los. E você aprende um bocado sobre tudo enquanto lê.
Há também vilões notáveis, como o igualmente genial professor Moritarty e a inesquecível Irene Adler, tramas complicadas e surpreendentes, uma boa dose de romance com o amor entre Watson e Mary, e um leque de bons personagens como os limitados detetives Gregson e Lestrade da Scotland Yard, o bem relacionado Mycroft Holmes com sua memória quase infinita, a fiel Sra. Hudson, entre tantos outros.
Devido ao estrondoso sucesso de Sherlock, Sir Arthur era atormentado pelos fãs, que além de acharem que o personagem era real ou que ele mesmo possuía suas incríveis habilidades detetivescas, lhe enviavam seus próprios enigmas para que ele solucionasse. E há quem diga que o autor verdadeiramente chegou a prestar consultoria em alguns casos, até mesmo junto à Scotland Yard. Além disso, os leitores não o deixavam abandonar a escrita, chegando a obrigá-lo a trazer o detetive de volta a vida depois de já ter lhe escrito uma morte épica.


Por ser um personagem tão maravilhoso e de domínio público, as histórias de Sherlock Holmes ganharam incontáveis novas versões publicadas por outros autores ou representadas de outras formas, parodiadas, adaptadas o teatro, filmes e até mesmo animações. Dentre elas, Holmes foi mais recentemente abordado no cinema com os blockbusters estrelados pelo carismático Robert Downey Jr., dando um enfoque a mais para a ação e humor e conquistando a atenção do público acostumado a explosões e perseguições hollywoodianas, e outra versão menos famosa focada em no final de sua vida, dessa vez um idoso encarnado por Ian McKellen. Além disso, o universo do detetive também foi transportado para a atualidade em dois seriados paralelos: o britânico “Sherlock” brilhantemente interpretado por Benedict Cumberbatch e com Martin Freeman no papel de Watson, acertando em cheio ao atualizar os mistérios dos livros para a modernidade pulsante da nossa época; e o americano e mais humano “Elementary”, estrelado por Jonny Lee Miller, que traz outros temas interessantes da sua mitologia como seu o vício em drogas e seu hobby de apicultor, e usa (e abusa) de licença poética para mexer bastante nas personalidades e características dos personagens afim de explorar melhor o relacionamento entre eles. Acredite ou não, há até mesmo uma história em quadrinhos onde Sherlock e Watson lutam contra zumbis e um desenho animado ultra futurístico em que o Sherlock é um clone e o Watson é um ciborgue. Haja criatividade!


  De qualquer forma, Sherlock Holmes é um clássico e está tão entranhado na cultura pop que serviu de inspiração para muitos outros personagens, como o famoso e cheio de referências Dr. House, e o também detetive Monk, brilhante em suas deduções, mas com um caso bem nítido de transtorno obsessivo-compulsivo. E se formos falar de citações, se você nunca ouviu na sua vida ao menos um “Elementar, meu caro Watson”, você não deve estar prestando atenção direito. Por falar nisso, curiosamente essa célebre frase nunca foi dita nos livros, mas criada para encenações teatrais e acabou pegando. Assim como também nunca houve nada entre Sherlock e Irene Adler por escrito, aliás nunca houve nada entre ele e ninguém oficialmente porque o sujeito só pensa em trabalho e despreza qualquer tipo de envolvimento amoroso com quem quer que seja. Mesmo como ele conseguiu se apegar à amizade com Watson é um mistério à parte, porque o cara é um bocado esquisito e anti-social. Mas isso faz parte do seu charme.
Outro fato interessante é que o endereço do personagem ficou tão famoso que foi transformado num museu dedicado exclusivamente ao detetive e se tornou uma atração turística em Londres. Ainda passo por lá qualquer dia desse, viu?
Então se você curte ler um bom romance policial, essa dica de leitura vale ouro. Se prefere um filminho ou seriado também. Basta ficar de olho nas pistas e se preparar pra ser “sherlocado”.



N/a: Aproveito pra mandar um beijo pra leitora Maria Orch, que curte o blog! Valeu, guria, continue por aqui :D

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